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O PAPEL DO TERAPEUTA DA FALA

MARGARIDA CUNHA

12 FEVEREIRO

O Terapeuta da Fala é o profissional de saúde que estuda, avalia, diagnostica, intervém e ajuda a prevenir as alterações relacionas com a comunicação (verbal e não verbal), linguagem (oral e escrita), fala, voz, motricidade orofacial, deglutição e fluência.
A intervenção engloba todas as faixas etárias, desde o nascimento até à população idosa, e tem como objetivo fazer com que o paciente obtenha, dentro das suas possibilidades, uma melhor capacidade de comunicação, de forma a atingir o máximo de autonomia e sucesso no seu meio social, educacional e/ou profissional.

No que respeita ao trabalho desenvolvido, a linguagem e a fala são as áreas mais associadas à intervenção do Terapeuta da Fala, nas quais este intervém em atrasos do desenvolvimento da linguagem, dificuldades de articulação, gaguez, bem como em perturbações adquiridas advindas de AVC’s, doenças degenerativas, demências, entre outros.

Ao nível da alimentação, isto é, sucção, mastigação e deglutição, o objetivo é adequar os movimentos das estruturas orofaciais e pescoço para que as funções da deglutição e mastigação sejam realizadas corretamente.
Nas perturbações relacionadas com a leitura e escrita, o profissional ajuda a ultrapassar os problemas de aprendizagem que se manifestam, fundamentalmente, após a entrada para a escola, que podem ser justificados por uma Perturbação Específica da Aprendizagem da Leitura e Escrita, como a dislexia, ou também por dificuldades auditivas, de linguagem e fala.

Por sua vez, o Terapeuta da Fala atua também na comunicação não-verbal, sempre que não seja possível comunicar através da fala e/ou da escrita, bem como na área da voz, ao nível da prevenção e reabilitação de alterações vocais.
Neste sentido, torna-se importante procurar um Terapeuta da Fala caso verifique as seguintes situações: Engasgos frequentes durante a amamentação; Ausência de reação aos sons que o rodeiam; Aparecimento tardio das primeiras palavras; Dificuldades em compreender o que lhe é dito e em ser compreendido; Dificuldades de interação com os outros; Ausência ou troca de sons ao falar; Gaguez; Dificuldades no processo de leitura e escrita; Voz rouca, fraca, dor, cansaço a falar e sensação de corpo estranho na garganta; Engasgos ou problemas de mastigação.

Ainda assim, é importante referir que a prevenção tem um papel fundamental em todo o percurso terapêutico, na medida em que a identificação e intervenção precoce das perturbações acima mencionadas, revela-se um fator importante para um prognóstico mais favorável. 



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